segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Médicos defendem transplante fecal contra superbactéria

A ideia pode fazer virar o estômago de muita gente, mas o transplante de bolo fecal de uma pessoa para outra pode ajudar a salvar vidas.
Alguns médicos estão usando o procedimento para ajudar a repovoar intestinos com bactérias benéficas, que podem desaparecer após algumas enfermidades.
Essas bactérias benéficas ajudam a flora intestinal a combater infecções como as causadas pela suberbactéria Clostridium difficile, altamente resistente a antibióticos.
A superbactéria Clostridium difficile se reproduz sem a competição de outras bactérias
Alisdair MacConnachie, que acredita ser o único médico na Grã-Bretanha a fazer esse tipo de transplante, diz que a eficácia do tratamento é comprovada, mas que ele deve ser usado apenas como último recurso.
A lógica é simples. A infecção por C.difficile pode ser provocada pelo uso de antibióticos, que matam bactérias no intestino. Isso dá às bactérias C.difficile sobreviventes espaço para se reproduzir amplamente e produzir grandes quantidades de toxinas que podem levar à diarreia e provocar a morte.
A solução mais óbvia, a ingestão de mais antibióticos, nem sempre funciona e alguns pacientes desenvolvem infecções crônicas.
A teoria é que ao adicionar mais bactérias ao intestino, elas competirão com a C.difficile e controlarão a infecção.

Tubo pelo nariz

MacConnachie, do Gratnavel General Hospital, de Glasgow, já realizou mais de 20 operações desse tipo desde 2003.
"Somente um dos pacientes que eu tratei não conseguiu se livrar daC.difficile", disse.
Se os tratamentos normais não funcionam, o paciente recebe antibióticos até a noite antes da operação, quando os remédios são trocados por outros para controlar a acidez do estômago.
Na manhã da operação, o doador vai ao hospital e produz uma amostra.
Normalmente, um parente é usado, preferencialmente alguém que vive com o paciente, porque viver no mesmo ambiente e comer a mesma comida significa que é mais provável que eles tenham bactérias da flora intestinal semelhantes.
Cerca de 30 gramas da matéria fecal é tomada e misturada em um liquidificador com um pouco de água salgada. Isso depois é filtrado para deixar apenas um líquido.
MacConnachie insere um tubo pelo nariz do pacidente até seu estômago. Outros médicos usam diferentes caminhos para chegar ao intestino.
Cerca de 30 mililitros do líquido são então inserido pelo tubo.

Preconceito

"
"Minha visão pessoal é de que esta técnica está aí para pacientes que tentaram todos os tratamentos tradicionais", disse MacConnachie.
"Se um paciente não responde a isso e tem infecção crônica por C.difficile, então está em apuros e não há realmente nenhuma outra técnica ou tratamento com a eficácia provada que tem o transplante fecal", observa.
Para ele, o preconceito impede que mais gente se beneficie do tratamento. "É uma técnica publicada (em publicações científicas). Acho que as pessoas têm medo", diz.
"Parece nojento, é nojento, e eu acho que as pessoas provavelmente têm medo de chegar aos pacientes e discutir o assunto", avalia.
Este não é um problema enfrentado por Lawrence Brandt, gastroenterologista no Montefiore Medical Center, em Nova York.
Ele diz que recebe hoje entre dois e quatro e-mails diários de pessoas que querem passar pelo transplante. Até hoje ele já fez a operação em 42 pacientes.
Ele recorda sua primeira operação, em 1999: "A paciente me ligou seis horas após o transplante fecal e disse que não sabia o que eu havia feito ali, mas que ela se sentia melhor do que havia se sentido em seis meses. E de fato, ela nunca mais teve uma infecção por C.difficile", conta.
Além de pacientes, ele diz que há mais médicos expressando interesse na técnica nos Estados Unidos.
"Nos próximos seis meses ou um ano, isso será a coisa mais instigante que aconteceu à gastroenterologia. Isso vai certamente mudar a maneira como a C.difficile é tratada e outras doenças também", diz.
Síndrome do intestino irritável, diarreia e constipação também estão na lista de possíveis aplicações. "Isso parece ser uma abordagem incrível para uma grande variedade de doenças", ele diz.

Estudos

A prática foi relatada apenas em poucos estudos de casos no combate à infecção recorrente com C.difficile.
Houve um índice de sucesso de cerca de 90%. Isso não é suficiente, porém, para que a técnica seja adotada amplamente.
O padrão para determinar se um tratamento funciona é um teste clínico randômico - tomar um grande grupo de pacientes e dar a uma parte o tratamento em análise e a outro um placebo ou tratamento diferente. Os dois grupos são então comparados para ver se o tratamento realmente faz uma diferença.
Até que a técnica de transplante fecal seja analisada dessa maneira, será difícil que consiga uma aceitação ampla.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Você, daqui a 20 anos

Veja como você ficará depois de todo esse tempo!

O site da revista Wired publicou uma matéria que diz que os jovens não se importam em garantir seu próprio futuro até o momento em que veem uma imagem sua (uma ilustração, uma foto alterada no Photoshop) mais velha, mostrando como ficará em um futuro não tão distante.
Está disposto a colocar essa teoria à prova? O site In20Years.com pode quebrar o galho e fazer isso para você. Basta subir uma foto sua – de preferência de rosto e virada para frente – selecionar o gênero, dizer se quer se ver daqui a 20 ou até 30 anos e deixar ele fazer o resto.

11 MITOS E VERDADES SOBRE UNHAS

Todas nós temos nossas crenças sobre o que é melhor para as unhas. Mas nem sempre as receitas milagrosas fazem bem para elas. O Dr. Paulo Henrique Lucas, farmacêutico especializado em cosmética e consultor da Derma Nail, desvenda 11 das crenças em que as mulheres costumam acreditar sobre suas unhas.
CRENÇA: Esmaltes escuros fortalecem e aceleram o crescimento das unhas.RESPOSTA: Mito. Os esmaltes escuros não contem nenhuma substância que possa fortalecer a unha. As substâncias encontradas em esmaltes comuns como o formaldeído (tóxico), o tolueno e o benzeno (solventes agressivos) fazem o trabalho contrário. Além de enfraquecerem, são perigosas para as pessoas mais sensíveis nesta área. Antes de comprar algum vidrinho de esmalte, confira se o mesmo é livre destas químicas. E caso ocorra alguma alergia, antes de qualquer coisa, o melhor é procurar um médico, pois ele fará testes que irão dizer qual foi realmente o problema. 



CRENÇA: Não se pode tirar o esmalte com acetona, pois ela danifica a unha. RESPOSTA: Verdade. A acetona é uma substancia muito agressiva, que, em contato com a unha, a deixa cada vez mais fraca e esbranquiçada. O correto é usar removedores sem acetona que não agridem e/ou ressecam as unhas. 






CRENÇA: Manter as unhas sempre úmidas pode causar doenças.RESPOSTA: Verdade. A umidade excessiva favorece o surgimento de micoses como o "unheiro". O correto é evitar deixar as mãos úmidas por muito tempo. Quem trabalha expondo frequentemente as mãos e unhas à água deve manter as mãos bem secas após o término da sua atividade para evitar ataques de fungos e bactérias que levarão a doenças.




CRENÇA: O formato das unhas facilita que as mesmas encravem ou se lasquem com mais facilidade.RESPOSTA: Verdade. As unhas dos pés, preferencialmente, devem ter o formato quadrado para impedir que elas encravem. O uso de sapatos apertados contribui para o surgimento de unhas encravadas. Já o formato ovalado é ideal para unhas das mãos que são habitualmente fracas e quebradiças. Unhas nesse formato "quebram" com menos facilidade. 


CRENÇA : Pintar as unhas com esmaltes escuros as deixam escuras. RESPOSTA: Mito. Na verdade, o que deixa as unhas escuras são algumas substâncias presentes na maioria dos esmaltes convencionais, como o formaldeído, o tolueno e o benzeno, que agridem as unhas, as tingindo gradativamente, conforme o uso dos esmaltes




CRENÇA : Cortar as unhas ao invés de lixá-las faz com que elas fiquem mais fracas e quebradiças. RESPOSTA: Mito. Cortar ou lixar as unhas não interfere na saúde das mesmas, já que este processo não é feito em sua matriz, mas sim na extremidade da unha, quando ela já passou por toda a sua fase de crescimento. 





CRENÇA : Para obter melhor resultado, as unhas devem sempre ser cortadas onde começa a “carne”. RESPOSTA: Mito. Esta parte debaixo da unha nada mais é que uma proteção da própria. Cortando rente a ela, a unha pode sofrer alguns danos, como o descolamento, ou até, ser machucada. O certo é deixar uma pequena parte da unha para cima, para que esta proteção continue ativa. 


CRENÇA: Para as pessoas que são alérgicas, pode-se passar uma base hipoalergênica e qualquer outro esmalte por cima.RESPOSTA: Mito. A base hipoalergênica não garante que será feita uma película ou filme sobre a unha que impeça que o suposto esmalte convencional não irá entrar em contato com a unha e causar alergia. 








CRENÇA: É possível contrair hepatite fazendo as unhas.RESPOSTA: Verdade. Se no salão que você frequenta a sua manicure não toma todas as prevenções necessárias, a possibilidade de contrair a doença é grande. Além de higienizar o material, é necessário esterilizá-lo de forma correta. O mais eficaz é ter o seu próprio kit de manicure e levá-lo sempre que for fazer as unhas. 



CRENÇA: Não se pode tirar a cutícula, o correto é empurrá-la.RESPOSTA: Verdade. A cutícula é uma pele que se sobrepõe à unha, agindo como uma proteção natural contra bactérias e fungos. Removendo-a, a unha se torna suscetível a tais problemas. 





CRENÇA: O correto é deixar as unhas sem esmalte para que ela possa “respirar”.RESPOSTA: Mito. As unhas são constituídas por células mortas de queratina, sendo assim, elas não têm necessidade de “respirar”. O que pode ocorrer é o ressecamento e enfraquecimento das unhas em virtude da esmaltação contínua feita por esmaltes convencionais que possuem tolueno, benzeno e formaldeído (agressivos às unhas). Para a saúde das unhas, é sempre bom optar linhas de esmaltes que não agridam as unhas e são livres destas substâncias tóxicas. Utilizando esses esmaltes sem agressividade, é possível esmaltar as unhas todos os dias sem intervalos e sem agressão às mesmas. 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MITOS E VERDADES SOBRE O MICROONDAS


Quando falamos em microondas Mitos e Verdades sobre o Microondaso que não falta são dúvidas sobre o aparelho. E podem acreditar existem muitas pessoas que ainda morrem de medo de usar o eletrodoméstico Mitos e Verdades sobre o Microondasmais útil já inventado para a cozinha. Pesquisando um pouco sobre isso encontrei algumas coisas bem legais que vou compartilhar com vocês.
  1. As microondas escapam do forno em funcionamento.
    VERDADE: Os fornos modernos são feitos da forma mais segura possível. Seu interior é revestido de metal, que reflete as microondas, conservando-as em seu interior. Ao atingir os alimentos, as ondas se transformam em calor e praticamente deixam de existir. “No entanto, por mais blindado que seja o forno, um pouco sempre escapa”, afirma o físico Alexandre da Silva Sanches. Por isso, há quem aconselhe manter uma distância do aparelho em funcionamento. “Acontece algo similar com o aparelho de televisão: ele emite outro tipo de onda eletromagnética, os raios X, e esse é o motivo para a recomendação de ficar sempre a dois metros de distância da TV ligada”, acrescenta.
  2. É mais seguro esperar alguns segundos para abrir a porta.
    MITO: Depois que o forno apitou, pode-se abrir a porta sem problemas: ele está desligado e não há produção de microondas.
  3. Alimentos preparados no microondas produzem substâncias que podem provocar tumores.
    MITO: “Vários hábitos da vida moderna podem causar câncer. Com relação ao forno de microondas, ninguém pode afirmar nada. Até onde mostram as pesquisas, ele é seguro para a saúde”, diz Elizabeth Torres, engenheira agrônoma e professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP. “O que acontece realmente é que há maior oxidação do alimento quando a comida é preparada no aparelho”, completa.
  4. Ovo cozido no microondas explode.
    VERDADE: Explode mesmo, como o engenheiro norte-americano Percy Le Baron Spencer, o desenvolvedor do forno nos anos de 1940, pôde testemunhar. A casca fechadinha do ovo forma uma ‘panela de pressão’ sem válvula de segurança. E a pressão que se forma dentro dele durante o cozimento faz com que ele estoure. Então, vale a dica: fure batatas, berinjelas, gemas de ovos e demais alimentos que tiverem peles ou membranas protetoras com palito, para permitir a saída dos vapores.
  5. Frituras não podem ser feitas no forno microondas.
    VERDADE: Porque a temperatura do óleo não pode ser controlada como em um fogão convencional. Mas uma pequena quantidade de óleo pode ser usada para refogar os temperos.
  6. Ferver água no microondas é perigoso?
    Só quando se deixa o líquido por tempo demais. Ao contrário de um forno convencional em que os alimentos são aquecidos de fora para dentro, as microondas esquentam o alimento de dentro para fora. Quando se deixa um líquido por tempo demais nesse forno, pode acontecer de a parte do centro estar a uma temperatura ligeiramente superior aos 100ºC necessários para a água ferver, mas sem que ela se transforme em vapor. Esse fenômeno é chamado de superaquecimento. Qualquer perturbação na água superaquecida, tal como movimentar o recipiente ou introduzir uma colher ou um saquinho de chá, vai levá-la à brusca passagem ao estado de vapor. Se a água tiver ficado muito tempo esquentando no microondas, grande parte dela pode passar a vapor, de forma explosiva, podendo causar queimaduras. No entanto, nos microondas que têm um prato giratório, a vibração causada por esse movimento é suficiente para que a água não seja superaquecida. “Quando quiser esquentar água ou outro líquido qualquer, além de seguir à risca a orientação do fabricante, coloque dentro do recipiente um misturador ou palito de madeira – nunca de plástico, porque certos plásticos aquecidos no microondas podem liberar substâncias tóxicas”.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Como Amenizar As Crises De Labirintite

 Uma doença que vem atacando cada vez mais os brasileiros, a labirintite está relacionado com o ouvido e tem como principal sintomas tonturas, já que nos faz perder totalmente o equilíbrio do corpo. Se você possui esse problema não deixe de procurar sempre o seu otorrinolaringologista e ficar atenta aos conselhos dados pelo médico para amenizar os problemas causados por essa doença.
Entre os diversos fatores que podem ajudar a afetar a estrutura do labirinto, um dos principais responsáveis é a alimentação.
Por isso procure saber com seu médico o que pode e não pode ser ingerido, além disso, veja algumas dicas que podem te ajudar a diminuir as crises no dia a dia:
  • Nunca passe longos períodos sem se alimentar, o ideal é comer a cada três horas;
  • Beba no mínimo dois litros de água por dia;
  • Não fume, pois a nicotina é altamente tóxica para o labirinto;
  • Evite ingerir exageradamente alimentos com muito açúcar como chocolate, biscoitos e tortas, substituindo sobremesas por frutas como maçã, pêra, banana e abacaxi;
  • Prefira massas integrais, pois as fibras presentes nelas fazem com que a absorção de glicose seja mais lenta;
  • Evite exagerar na ingestão de sal, pois o excesso de sal pode fazer com que a pressão nos vasos sanguíneos aumente e a irrigação da área do labirinto seja prejudicada;
  • Em vez de adicionar sal às suas refeições, opte por temperos naturais como salsinha, sálvia, cebolinha e alecrim;
  • Evite ao máximo ingerir alimentos que tenham muito sal e sejam pouco nutritivos como fast food e sopas prontas;
  • Quando tiver vontade de comer algo salgado, prefira bolachas de água e sal ou sanduíches naturais com pão integral;
  • Diminua o consumo de bebidas que contém cafeína, como café, alguns chás e refrigerantes, pois estes super estimulam o labirinto, causando crises;
  • Algumas dicas interessantes de substituição incluem trocar o café por chá de frutas, o refrigerante pela água de coco e sucos naturais sem adição de açúcar;
  • Evite bebidas alcóolicas, porque quando consumidas em excesso podem aumentar a densidade dos líquidos labirínticos, causando tontura e vertigem;
  • Pessoas que sofrem de hipotireoidismo, hipertensão, colesterol e triglicérides em excesso no organismo e diabetes têm mais chances de ter crises de labirintite, por isso é essencial ficar atento aos diversos fatores que podem levar a este problema.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CICLO MENSTRUAL / PERÍODO FÉRTIL

Neste texto vamos explicar como é o ciclo menstrual normal e quando ocorre o período fértil.


Neste texto vamos explicar como é o ciclo menstrual normal e quando ocorre o período fértil.

O ciclo menstrual é um processo fisiológico que ocorre de modo cíclico em todas as mulheres férteis. A primeira menstruação da vida da mulher chama-se menarca, e a última, menopausa.
Aqui iremos focar  mais o ciclo menstrual, explicando com detalhes as interações hormonais que levam a ovulação. Este texto é mais propício a trabalhos escolares e para estudantes de áreas biológicas. O outro texto é voltado para pessoas procurando informações sobre o período fértil. Sugiro, de qualquer modo, a leitura de ambos, pois são complementares.

O ciclo menstrual

O ciclo menstrual inicia-se no primeiro da menstruação, dura em média 28 dias e termina no primeiro dia da menstruação seguinte. Algumas mulheres têm períodos mais curtos de até 21 dias enquanto outras possuem períodos mais longos, indo até 35 dias. Mulheres adolescentes com menarca recente podem ter ciclos de até 45 dias, uma vez que seu sistema reprodutor ainda está amadurecendo. O mesmo prolongamento pode ocorrer com mulheres próximas da menopausa, quando já começa a haver sinais de falência dos ovários.
Sistema reprodutor feminino
Sistema reprodutor feminino
 Os órgãos reprodutores das mulheres consistem em 2 ovários, 2 trompas, um útero e a vagina.

O ciclo menstrual é dividido igualmente em 2 fases: fase folicular e fase lútea. Para facilitar o entendimento, vamos considerar o ciclo normal aquele com 28 dias, sendo 14 dias de fase folicular e 14 dias de fase lútea.

Este processo é complexo e envolve o controle de vários hormônios, mas vou tentar explicá-lo de modo bem simples para que todos possam compreender os mecanismos básicos do ciclo menstrual 

1.) Fase folicular

A fase folicular começa no primeiro dia da menstruação, ou seja, no primeiro dia do ciclo. No início desta fase, os hormônios estrogênio e progesterona estão baixos e o útero está menstruando, apesentando uma parede (endométrio) bem fina. O ovário nesta fase está em repouso.

Neste momento, a glândula pituitária (hipófise), que se localiza no sistema nervoso central, começa a aumentar a produção de um hormônio chamado hormônio folículo estimulante (FSH), que como o próprio nome diz, estimula os folículos do ovário.

Abro aqui um rápido parênteses. Ao contrário dos homens que produzem seus espermatozóides continuamente, as mulheres nascem com um número contado de óvulos. São cerca de 450.000 e eles ficam estocados nos ovários, na forma imatura, dentro dos folículos ovarianos.

Na presença do FSH, os folículos começam a se desenvolver, crescendo e amadurecendo. Sete dias após o início do ciclo, é possível detectar na ultrassonografia do ovário vários folículos medindo entre 9 e 10 milímetros.

Estes folículos, agora, começam a produzir estrogênio. Conforme os níveis de estrogênio vão crescendo, um dos folículos se torna dominante, se desenvolvendo mais rápido que os outros, que na verdade, param de crescer e começam a involuir. O folículo dominante cresce cerca de 2 milímetros por dia até o tamanho final de 20 a 26 mm, quando completa seu desenvolvimento. Este folículo dominante é quem vai liberar o óvulo no momento da ovulação. 

Além do desenvolvimento do folículo dominante, o estrogênio também age sobre o útero, preparando-o para uma eventual gravidez. A membrana da parede do útero, chamada de endométrio, começa a se proliferar, adquirindo camadas, tornando-se, assim, mais espessa.

2.) Fase Lútea

O pico de estrogênio ocorre 1 dia antes da ovulação. No momento de concentração máxima do estrogênio, outro hormônio da hipófise é liberado, o hormônio luteinizante (LH). Estamos agora exatamente no meio do ciclo, 14º dia em casos de ciclos menstruais de 28 dias.

O pico de estrogênio e surgimento do LH, fazem com que a mulher comece a produzir um muco viscoso, chamado de muco fértil, que favorece a mobilidade dos espermatozóides.
Ciclo menstrual - Clique para ampliar
A liberação do LH completa o processo de maturação do folículo dominante, e aproximadamente 36 horas após a sua liberação, ocorre o rompimento do folículo e a liberação do óvulo, ou seja, a mulher ovula. Clique na imagem ao lado para ampliar a tabela do ciclo menstrual.

Algumas mulheres apresentam dor no momento da ovulação pela irritação do peritônio após o rompimento do folículo ovariano. Esta dor se localiza na parte inferior do abdômen, no lado do ovário que ovulou. Esta dor pode durar algumas horas e costuma ser cíclica, ocorrendo praticamente todo mês. Esta síndrome recebe o nome de mittelschmerz, que significa dor do meio (do ciclo), em alemão.

Logo após o pico de LH que induz a ovulação, a temperatura corporal da mulheres se eleva discretamente, cerca de 0,5ºC, permanecendo assim por mais 10 dias.

A medicação da temperatura é um método bom para saber retrospectivamente se a mulher ovulou recentemente, mas essa subida costuma ocorrer tardiamente em relação a ovulação, não servindo para indicar o momento certo da relação sexual.

Corpo lúteo

Logo antes da ovulação, as células ao redor do folículo ovariano, sob influência do LH, começam a formar o corpo lúteo, estrutura responsável pela produção de estrogênio e, principalmente, progesterona. Quando a mulher ovula, o óvulo é liberado em direção às trompas, permanecendo apenas o corpo lúteo no ovário.

Durante toda a parte final do fase lútea, o corpo lúteo permanece produzindo a progesterona, que age inibindo a secreção de LH pela hipófise. No útero, a progesterona age interrompendo a proliferação do endométrio. Na verdade, a progesterona organiza as camadas da mucosa tornando-a mais homogênea, deixando-a rica em fluídos e nutrientes para o potencial feto. Quando se faz um ultra-som do útero na fase proliferativa do ciclo, é possível detectar 3 camadas distintas de endométrio. Quando o mesmo exame é feito na fase lútea, não há mais essa distinção e o endométrio encontra-se todo uniforme, pronto para receber o óvulo fecundado.

Como a progesterona inibe o LH, se o óvulo não for fecundado, a queda do LH faz com que o corpo lúteo começa a involuir, o que por sua vez provoca a queda na produção de progesterona e estrogênio pelo mesmo. Sem esses hormônios a grossa parede do endométrio não mais se sustenta, seu suprimento de sangue é cortado, e ela acaba por desabar, caracterizando a menstruação e reiniciando o ciclo na fase folicular.

A ovulação ocorre 14 dias antes do primeiro dia da próxima menstruação. Portanto, se você menstruou, conte 14 dias para trás e saberá quando ovulou. 

Se o óvulo for fecundado, o embrião começa a produzir um hormônio chamado gonadotropina coriônica, responsável por manter o corpo lúteo e a produção de progesterona ativos.

Os testes de gravidez são baseados na dosagem das concentrações de gonadotropina.

Período fértil 

Após a sua liberação, óvulo só fica viável por cerca de 12-24 horas. Isso significa que a fecundação é mais provável quando já há espermatozóides presentes antes da ovulação. Apesar do curto período de viabilidade do óvulo, o intervalo fértil é bem mais longo, pois, dependendo da qualidade do sêmen masculino, os espermatozóides podem ficar viáveis dentro do sistema reprodutor da mulher por até 5-7 dias. Portanto, o período fértil vai do 5º dia antes da ovulação até um dia após a mesma.

Homens com sêmen de pior qualidade podem ter espermatozóides que sobrevivam menos tempo, reduzindo assim, o período da janela fértil 

O período de maior chance de fecundação ocorre quando há coito 1 ou 2 dias antes da ovulação.

Trabalhos atuais mostram que a qualidade do sêmen é maior quando ocorre intervalo de 2 a 3 dias entre as ejaculações. Por isso, indica-se o coito dia sim, dia não, ou a cada 2 dias. Para casais que querem engravidar, uma dica é ter relações sexuais 3 vezes por semana, iniciando-as logo após o fim da menstruação.

Leia o texto original no site MD.Saúde: CICLO MENSTRUAL | PERÍODO FÉRTIL http://www.mdsaude.com/2010/06/ciclo-menstrual-periodo-fertil.html#ixzz1eNJVR8pX